É inegável o empoderamento das mulheres em todas as áreas, colocando um definitivo ponto final na desigualdade que vigorava em relação aos homens.
Não foi nada fácil mudar um cenário consolidado ao longo dos anos e que exigiu muita resiliência e determinação para quebrar uma hegemonia imposta numa sociedade machista e que cerceava os direitos das mulheres em larga escala.
A prática jurídica não poderia ficar fora desta mudança de cenário,
especialmente na área criminal que sempre teve o protagonismo da posição masculina.
Sem contar que nos quesitos assédio e remuneração desigual, o percentual de mulheres sempre foi exponencialmente superior ao dos homens.
Mas o tempo tem suas próprias leis e hoje podemos identificar que a advocacia criminal feminista se impôs de forma definitiva, conquistando o espaço e fazendo valer a sua voz com toda ressonância e credibilidade.
Assim vem construindo o seu legado, combatendo a discriminação que tanto perdurava e, sobretudo, conquistando o respeito e admiração dos poderes executivo, legislativo e judiciário, além do Ministério Público.
Desta forma, a advocacia criminal passou a contar com esta efetiva chancela, atrelando à sua prática os valores e métricas femininas que traduzem o seu modo peculiar de lidar com as intercorrências e desigualdades sociais, inclusive humanizando o olhar jurídico sobre questões complexas que afetam a sociedade.
Imagino que determinados setores do judiciário ainda expressem algum tipo de resistência com relação à obstinada luta feminina de se posicionar também à frente, mas progressivamente vão acabar compreendendo que é caminho sem volta e que, cada vez mais, esta realidade será consolidada.
Com homens e mulheres, lado a lado e sem quaisquer distinções ou regalias, a advocacia criminal poderá exercer seu papel com toda plenitude, contribuindo para que a lei prevaleça da melhor forma, trazendo a justiça aos cidadãos e proporcionando um mundo melhor para todos nós.